Número
de eleitores jovens diminui. Veja mais na notícia veiculada pelo
TSE:
“Durante a
apresentação das estatísticas do eleitorado de 2014 realizada
ontem (29), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministro Dias Toffoli, comentou a queda no número de eleitores
jovens de 16 e 17 anos, ou seja, aqueles para os quais o voto é
facultativo. O número diminuiu de 2.391.352, em 2010, para
1.638.751, em 2014.
Segundo o ministro, um
dos motivos para essa alteração é a metodologia utilizada pela
Justiça Eleitoral este ano, que já considera a idade que o eleitor
terá no dia da eleição. Em anos anteriores, o cadastro era fechado
no dia 30 de junho e não computava os eleitores que completariam 18
anos até a data do pleito. Agora, quem fizer 18 anos até o dia da
votação, não está contabilizado na estatística de 16 e 17 anos.
Além disso, o
presidente do TSE ressaltou que dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o eleitor está ficando
mais velho. “Há um aumento da faixa etária geral da população
brasileira e os dados do IBGE, que também fizemos consulta, indicam
isso. Uma baixa do crescimento da natalidade e a perspectiva, em
consulta que formulamos, é que a cada eleição diminuirá o número
de eleitores em faixas etárias mais baixas, relativamente as mais
altas”, comentou.
IBGE
Em resposta à
consulta formulada pelo TSE, o pesquisador da Coordenação de
População e Indicadores Sociais do IBGE, Luciano Gonçalves,
avaliou que o envelhecimento acelerado da população, em detrimento
da queda da fecundidade, pode ser um dos fatores que contribui para a
diminuição do número de jovens eleitores.
“De dois em dois
anos, em cada pleito, esse quantitativo tende a diminuir por conta da
queda da fecundidade, e a natalidade é fruto da fecundidade. A
fecundidade é o número de filhos por mulher e a natalidade são os
nascimentos verificados a cada momento. Enquanto o número de
crianças e jovens tende a diminuir, a longevidade tende a aumentar
devido a hábitos que prolongam a vida das pessoas – atividade
física, mais conhecimento com relação à enfermidade, educação,
preocupação com a alimentação, etc – aliados, obviamente, aos
avanços da medicina”, ponderou o pesquisador.
Questionado sobre as
projeções do IBGE até 2060, prevendo que a quantidade de jovens
deve continuar a cair no país, Luciano Gonçalves considerou que
isso pode refletir em outros setores, como na Justiça Eleitoral.
"Nunca mais
nascerá tantas pessoas no Brasil como nasceu na década de 80. Isso
reflete na questão da Justiça Eleitoral e principalmente na
economia, porque se tem aumentado gradativamente o número de idosos
na população que tendem a consumir muito mais que produzir. O
chamado “bônus demográfico” é momento no qual a demografia
atua de forma decisiva em prol do crescimento econômico, muita gente
trabalhando e muita gente produzindo, desde que se observe essa
janela de oportunidade, que é única para cada país. Para isso é
preciso investir na base, em qualidade da educação, mas nem sempre
a gente vê isso, o que se reflete em outros setores”, concluiu.”
Fonte:
TSE – www.tse.jus.br.
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