Vive-se, no Brasil, uma grande
crise de insegurança. Atualmente o País ocupa a 7ª posição mundial, quando o
tema é nível de homicídios, tendo o Brasil quebrado um triste recorde: registrou o maior número de mortes em um ano,
segundo o Mapa da Violência 2014, que compila estatística de 2012. A situação é
crítica a ponto de a violência urbana ter-se tornado um problema social grave
em todo o Estado, sendo originária de uma falta de planejamento social e
educacional, destacando-se também a tragédia que traz o tráfico de drogas às
cidades grandes, interiorizando-se a brutalidade para o meio rural, atingindo
aqueles mais simples, de alma e formação.
E aí se indaga: como debelar
tais níveis? (I) nomeando secretário/ministro de segurança/justiça com
expertise na área; (II) removendo favelas; (III) aumentando o efetivo de
policiais; (IV) criando presídios; (V) recolhendo arma de fogo; (VII) alterando
a legislação criminal? Definitivamente, não! Tais medidas são paliativas e
funcionam meramente no curto prazo. Todavia, o estado de insegurança, em maior
grau numas localidades e menor noutras, possui relação direta com o nível de
subdesenvolvimento do país e educação do povo.
As causas do aumento da
violência no Brasil dizem respeito a questões socioeconômicas, culturais e
políticas, sendo a desigualdade social o fator que mais estimula a
criminalidade, não se tendo dúvidas de que apenas com estimulação à educação e
incentivo ao desenvolvimento é que se poderá combater o crime. E pior: segundo dados do IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano), verificou-se que quanto maior o índice de corrupção de uma a nação,
mais baixos são os seus indicadores sociais, tendo tal pesquisa também
demonstrado a relação direta entre corrupção e subdesenvolvimento.
O Brasil,
inclusive, é um dos países que integra a lista dos mais corruptos do mundo (59°
lugar), podendo-se afirmar que insegurança advém do subdesenvolvimento, ambos
possuindo relação direta com corrupção, estes dois aspectos (subdesenvolvimento
e corrupção) influindo diretamente no nível de insegurança. Nesse contexto,
apenas se privilegiando o desenvolvimento econômico, respeitando-se os prismas
sociais e ordenamento jurídico, com o Estado atuando de modo regulatório, é que
se poderá assistir, num primeiro momento, à redução da violência urbana e
atingir, no longo prazo, alguns objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil, a exemplo da erradicação
da pobreza e da marginalização (art. 3º, III, da Constituição de 1988). Mais
ainda, enxergando-se as vantagens do desenvolvimento, será natural que se promova “o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade...”(art.
3º, IV, Constituição de 1988).
Aliado a tudo isso, somente educando as crianças e jovens, na vida
adulta estes certamente seguirão por uma trilha carrilada, inclusive porque
terão oportunidades humanas de manter e se manter, pois tais objetivos
fundamentais terão sido atingidos. Afinal, “educando
as crianças não será necessário castigar os homens." (Pitágoras,
matemático e filósofo grego).
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