BRASIL: SALVE-SE QUEM PUDER!
Vivemos
numa Nação em que enquanto a grande massa de profissionais e trabalhadores
luta, assiste-se a escândalos que partem inclusive do mais alto comandante da
República. No cárcere já estão expressivos empresários, ex-ministro,
ex-senador, ex-deputado, ex-comandante da Câmara, ex-governador. Mas ainda
assim tal fato não inibe. Porque até quem está no cárcere comanda esquemas,
inclusive com pagamento de propina. Em tudo na vida há que se ter coragem para
a assunção de responsabilidades. Isso ocorre no seio familiar, em que pai e mãe
respondem por atos de todos; isso se vê nas empresas, em que o diretor é
responsabilizado por tudo; no serviço público, o gestor deve responder por má
gestão.
No
entanto, enquanto o povo amarga índices recordes de desemprego e economia
paralisada, o Chefe Maior da Nação, diante não só de seríssimos indícios, mas
de provas, aparece para negar as ocorrências e, pior, dizer que fica!
Ficará, exceto se houver, no País ou uma hecatombe
ou um movimento tão forte que pare absolutamente tudo, a ponto de alguém, Deus
sabe quem, chegue para o Michel e lhe diga: Presidente, não dá mais!
Ficará
porque sabe ele que possui diante de si um grande escudo e que, se renunciar, a
blindagem sai de cena, com fortes chances de cárcere. E ficará pois não possui
ele, em verdade, nenhum compromisso com a Nação, mas apenas consigo mesmo, e
pronto!
Diante
do caos, haveria de existir, no Texto Constitucional, dispositivo prevendo que
em tais catástrofes institucionais, a saída seria o esvaziamento geral, nos
Três Poderes Federais. Saem todos! Não fica nenhum! Nem no STF! Assume o
comando dos Poderes grupo de Dezoito Notáveis, desvinculados da Política, Seis
no STF, Seis no Executivo e Seis no Legislativo. Neste último, trocar-se-ia
quase setecentos por Seis, com economia para a Nação e para a Previdência.
Mas
a citada solução utópica constitucional, claro, não existe em nossa Democracia!
E, enquanto esse enredo nefasto se desenrola,
fica a missão árdua de criar filhos, tentando mostrar que o caminho da ética e
respeito ao próximo é o melhor, buscando ensinar que tirar o que é de todos é
tirar, em última análise, o que é de cada um. Por tudo, começo a acreditar que
o homem não “possa sobreviver aos
próximos 1000 anos, a menos que nos espalhemos pelo espaço.”(Stephen
Hawking)
(Rodrigo Ribeiro Cavalcante. Brasileiro, pai de família, professor universitário. Jornal O Povo, edição de 20 de maio de 2017, p. 10).
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