A MULHER NA POLÍTICA E A SALVAÇÃO DO BRASIL
A rotina se repete na maioria dos lares brasileiros. A
mulher cuida dos filhos, da casa, do marido, de outros temas familiares e ainda
trabalhada no mundo corporativo, ajudando nas despesas do lar, quando não é a
provedora integralmente.
Sempre tive a sensação dessa grandeza feminina, quando
a temática é inteligência, companheirismo, cordialidade e, também, honestidade
no agir. Há homens com essas características. Mas, a mim me parece, em menor
quantidade. O introito é para destacar a necessidade de se impulsionar o teor
do Art. 95-A da lei das eleições, quando ali há previsão de competência do TSE
para realizar companhas “destinadas a incentivar
a participação feminina na política.” A lei dos partidos políticos, por sua
vez, prevê percentual de recursos públicos para tal incentivo (Art. 44).
Não se esquece aqui de que o País teve uma mulher no
comando, a qual fora afastada por regra constitucional (ou por motivações
políticas). Legal, ou não, o impeachment, tal medida deveria (e deverá) ocorrer
para todos que tenham praticado a pedalada. Mas não é possível esconder a
inexistência, para com a Rousseff, de atos de corrupção que tenham dilapidado
tanto os cofres brasileiros, a exemplo do que se pode atribuir a diversos
homens, inclusive vários deles já presos. Basta verificar, em termos
proporcionais, quantos homens respondem por corrupção e quantas mulheres. E aí
se veem dois aspectos objetivos importantes: o primeiro diz respeito ao fato de
que o nível de participação de mulheres no Poder Legislativo é um indicador confiável do grau de
amadurecimento das democracias: quanto mais postos a mulher conquista na
cúpula do governo, mais igualitário tende a ser o país; o segundo, “dados
compilados pela Inter-Parliamentary Union, no Brasil, pouco mais de 10% dos deputados federais são mulheres, ocupando o Brasil
o 154º lugar entre 193 países do ranking”.
No contexto, o modelo de participação masculina
adotado no Brasil parece ter falido, sendo oportuno, a bem inclusive daqueles
homens de postura reta e inteligente (políticos ou não políticos), que as
mulheres “tomem o poder”, de modo democrático, e que passem a comandar a Nação.
Ainda que depois, havendo atos destoantes do desejado, elas mesmas reconheçam a
necessidade de equilíbrio de número entre um e outro sexo.
Afinal, “Mulher, mulher! Na escola em que você foi
ensinada, jamais tirei um 10. Sou forte, mas não chego aos seus pés.” (Mulher,
Erasmo Carlos)
(Rodrigo Ribeiro Cavalcante, artigo publicado no
Jornal O Povo, edição de 11 de janeiro de 2018, p. 11)
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