Chacinas em Fortaleza
têm levado o Governo local a nocautes, tendo-se, no Rio de Janeiro, implementa
medidas de combate ao crime via decreto interventivo, via ações para o que
haverá alguns meses para resultados. Não é fácil gerir um Estado da Federação,
sendo seríssimo o nível de insegurança por que passa o Ceará. Os entendidos
podem falar melhor sobre. No entanto, já há a sensação de que do que se fizer,
nada passará de ajustes paliativos. Isso porque o Governo Federal vem adotando
uma política que apenas trará o aumento da criminalidade em nível nacional.
Fala-se do estudo
intitulado “Trajetórias Individuais,
Criminalidade e o Papel da Educação”, realizado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada, em que se mostrou estar a política preventiva e efetiva de
segurança pública vinculada diretamente à educação (http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-09/ipea-educacao-e-instrumento-para-afastar-jovens-da-trajetoria-de-crimes).
E o que faz a gestão-Temer? Cortou em 19% o orçamento destinado à ciência e
educação, para 2018. Para 2017, houve um corte de 44%. Tais reduções levam a
produção científica a um "estado
terminal”, conforme afirmou Luiz Davidovich, presidente da Academia
Brasileira de Ciências. E aqui se detecta o problema para a segurança pública:
um povo sem educação e um país sem pesquisa, o resultado é o acirramento do
nível de miserabilidade e a disseminação do crime.
O Brasil precisa de
ajustes, inclusive da ordem financeira. Mas sem reduzir em uma área tão sensível
(educação), a qual, de seus resultados positivos, será possível proporcionar
segurança à população.
Enquanto no comando
estiverem gestores despreocupados com a educação do povo, os chefes do crime
terão dois grandes insumos: droga e gente para trabalhar para a desordem. A
partir do momento em que se despertar para a imprescindibilidade de se aportar
mais recursos em pesquisas, até aqueles que se alimentam do ilícito terão a
percepção de que será melhor o trilho reto. A intervenção, e o que mais vier para
controlar o ilícito, será ajuste momentâneo
para a resolução dessa guerra destrutiva de famílias inocentes [Rodrigo
Ribeiro Cavalcante. Artigo publicado no Jornal Diário do Nordeste, edição de
14/15 de abril de 2018, p. 2]
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