Essa reflexão
não é minha. É do Machado de Assis. Isso! O Joaquim Maria Machado
de Assis. Daí ser Machado o grande Machado. Lido em vários países
do mundo. Aliás, ele disse mais: afirmou que as palavras têm sexo.
“–Sexual?
Sim, minha senhora, sexual. As
palavras têm sexo. Estou acabando a minha grande memória
psicolexilógica, em que exponho e demonstro esta descoberta. Palavra
tem sexo.
–Mas, então, amam-se umas
às outras?
Amam-se umas às outras. E
casam-se. O casamento delas é o que chamamos de estilo”
[In Os setes pecados capitais. Machado de Assis. Organizadores Maria
Clara Carneiro e Maria de Fática Pereira. Hunter Books. São Paulo.
2011, p. 143].
Para Machado, o casamento entre
as palavras é estilo. Diz-se
não ser
simples a definição de estilística, sendo o estilo exatamente o
objeto da estilística. E, dá para dizer, também, que a palavra
estilo, hoje, aplica-se a tudo que possa apresentar características
particulares, conforme estudos de Nilce Sant’Anna Martins, in
Introdução à Estilística, EdUSP. São Paulo, 2012, p. 17]
Em síntese, estilo, além de
ser, mesmo, algo
relacionado a sexo
entre as palavras, também é algo extremamente importante num texto,
e que alinha personalidade, experiência, leitura, gramática, arte,
intenções, tudo isso que tem tudo a ver, realmente, com a
psicolexicologia. Lexicologia é área da linguística que busca a
significação dos vocábulos. Ao passo que psico, também de um modo
bem simples, é elemento de composição de palavras que pode trazer
a ideia de sentidos da mente ou espírito.
É isso!
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